Era uma vez, no Reino de Rockalot…
O Herald estava sentado em sua torre, encarando a Fonte dos Deuses, observando o cerco de Rockalot adiante. Levou tempo e alguns cutucões para chegar a esse ponto. Disfarçado, ele havia infiltrado tanto os cavaleiros quanto os monstros, incitando o ódio entre eles para atiçar as chamas da guerra. Os cavaleiros lutaram contra os ogros em suas paredes e em seus portões, enquanto as flechas dos arqueiros zuniam nos céus. O fogo do dragão queimou a terra, enquanto a magia da feiticeira estalava através do ar.
“Tudo de acordo com o plano”, disse Herald. Ele saiu da água. Sua coroa torta em sua cabeça. Um anel brilhava um pulsante roxo escuro em seu dedo.
O Lorde das Trevas se lembrou de quando sentou pela primeira vez no trono de Rockalot, muitos anos atrás. Ele governou o Reino, até que eles se rebelaram. Seus cavaleiros tinham se voltaram contra ele e o afastaram. Eles o perseguiram e naquela noite fatídica, o Lorde das Trevas foi deixado para morrer, seu sangue manchando a terra.
Pensavam que ele estava acabado.
Eles o haviam esquecido.
Mesmo assim, o Lorde das Trevas sobreviveu. Um poder sombrio havia falado com ele, oferecendo-lhe a força para continuar seguindo em frente, para recuperar o que era seu. Uma nova era foi revelada ao Herald, que em breve renasceria. Mostraram-lhe um poder que estava adormecido. Um poder que ele poderia reivindicar.
A Metallophobia.
Meses se tornaram anos enquanto Herald viajou além das fronteiras do Reino, buscando o tesouro que continha esse poder sussurrado. Finalmente, ele o encontrou.
Pisando sobre a varanda de sua torre, o Herald ergueu sua mão ao céu, o anel enviando um feixe de luz roxa enquanto chamava a tempestade. Mesmo aqueles que estavam longe de Rockalot conseguiam ver a luz que atravessava os céus.
“Que venha a Metallophobia!”
A magia crepitava através das nuvens como raio em direção a Rockalot. As proteções de Wreathcrafter se abriram conforme o feitiço atingiu, mas foi demais para elas. Tentáculos escuros atingiram os exércitos dos cavaleiros e monstros, removendo suas almas de seus corpos. Versões distorcidas e sombrias dos heróis de ambos lados começaram a tomar forma. Elas eram cópias em forma de reflexos espelhados, distorcidas pelo poder da Metallophobia. Os pesadelos vivos formavam-se de fumaça e sombra, enquanto os demônios recebiam corpos nas imagens roubadas.
O Morning Paladin tropeçou e caiu enquanto a magia passava por eles. O criador de engenhocas KIller J. soltou um grito de dor que logo se juntou ao riso enlouquecido de seu reflexo, um palhaço horrendo com dentes afiados e olhos que forçam os mais fracos a olharem pro outro lado. O Avenging Knight, o Dirt Devil, Peacemaker e até mesmo a Wreathcrafter não puderam resistir ao poder obscuro, enquanto invadia o campo de batalha.
Os reflexos dos heróis de eras passadas e aqueles que estavam chegando se confrontaram. Pesadelos arrancados dos corações dos mortais estavam a serviço de um único mestre: O Herald.
Um veículo vermelho com um tridente, cuspindo chamas azuis, lançou-se para a briga. As chamas marcaram a terra, um Dirt Demon retirado das profundezas mais quentes. A própria realidade parecia mais fraca perto deste demônio, conforme mão gigantes saíam para fora dos portais, arrastando ogros e cavaleiros para o local de onde veio.
A Vampire pilotava uma elegante máquina vermelha e roxa, a reflexão distorcida de uma cavaleira da luz. Ela curvou o sol para si, não deixando-o tocar sua máquina conforme girava à sua vontade, formando asas para levá-la para a frente. Um bando de morcegos a seguiu.
Nem mesmo o Morning Paladin foi poupado da dignidade de ver sua forma corrompida. As sombras se reuniram ao seu lado conforme ele pilotava, atraindo o dragão para um lugar melhor, num reflexo de sua máquina. Onde ele andava com um orgulhoso branco e dourado, a imitação era envolvida em pano, o tecido enrolando como uma múmia. Enquanto o Paladin brilhou com a luz da manhã, sua cópia carregava a marca da morte.
O Herald começou a rir, o som ecoando através das pedras de sua torre. Em breve, ambos os cavaleiros e monstros teriam que se ajoelhar a ele. Ele governaria outra vez.
“Venha me pegar”, disse Herald, a magia levando a provocação aos seus inimigos.