Heavy Metal Machines Season 6

Knights, Dragons and a Two-Headed Ogre – Ato 1 – A Guerra (Lore da 6ª Temporada)

Era uma vez, no Reino de Rockalot…

Era bom ter amigos grandes.

O pequeno chefe ogro refletiu naquele pensamento, enquanto seu subalterno de duas cabeças empurrava a besta em direção às paredes de Rockalot. A batalha contra os Cavaleiros de Rockalot já se arrastava por muitos anos, mas desta vez, o Peacemaker tinha uma surpresa para os cavaleiros. 

“Hehehe, teremos uma surpresa para eles hoje. Aquelas latas de metal sem graça se arrependerão do dia em que me deram a bota.”

O Mischievous Gadgeteer andava ao lado do Peacemaker, o sorriso forçado de sua máquina aterrorizando inimigos enquanto rolava suas rodas de madeira. O pequeno ogro tinha que admitir que o exilado criador de engenhocas fazia um bom aliado. Com seu conhecimento e criatividade, eles transformaram os clãs de Ogros num exército que fazia o chão de Rockalot tremer.

“Há muitas surpresas. Os ogros já não temerão o aço de Rockalot! A era dos cavaleiros chegou ao fim. A era dos monstros começou.”

Atrás dos dois marchava uma legião de ogros, alguns com uma cabeça e outros com duas. Fitas de fogos de artifício, caindo do céu como uma cortesia do Killer J., o Gadgeteer, anunciou a sua presença. Outros monstros moviam-se lentamente ao lado do exército, a maioria cercados por ogros. As muralhas de Rockalot os aguardavam. 

Conforme o exército se aproximava, duas máquinas saíram pelo portão. Uma máquina era feita de branco e dourado, com seu cavaleiro vestindo um elmo para se proteger de contra-ataques. A outra máquina tinha uma barda marrom e com um branco suave, trazendo o cavaleiro abertamente na sela. Eles eram Morning Paladin e Avenging Knight, heróis de Rockalot. Peacemaker rosnou ao vê-los através de sua luneta. 

“Ora, ora, o Douradinho e o Vingador Tristonho saíram para brincar. Eu não estou surpreso. Mas eles são só dois contra nós. Será a melhor piada da história quando eles caírem.” 

“Não os subestime, Gadgeteer. Eles abateram muitos de minha tribo sozinhos. Eles valem por um bando de guerra por si sós.”

“Certo, mas será que eles valem por um exército? Talvez eu finalmente veja como eles são por baixo destes elmos.”

Foi o Paladin quem falou, sua voz surgindo magicamente por dentro. “Monstros perversos, voltem para suas florestas sombrias e cavernas profundas. Vocês não passarão por estas muralhas, e nem mesmo acabarão com o reino legítimo do Rei de Rockalot!”

Peacemaker estava parado em cima da besta, seus braços cruzados enquanto encarava os cavaleiros. “E quem vai nos impedir, cavaleiro iluminado? Suas forças estão longe. Você pensou que um ogro não poderia ser mais esperto que você, e ainda assim, aqui estamos nós!”

“Você pode estar acima de sua espécie”, o Avenging Knight respondeu, sua voz um eco grave debaixo do elmo. “Mesmo assim, não somos tão indefesos quanto você pensa”.

O chefe ogro rosnou. “Abatam os cavaleiros!” Ele ordenou. O ogro de duas cabeças soltou a corda quando a flecha disparou em direção aos dois. 

“DEFESA!” Um círculo de energia surgiu em volta do Knight e Paladin, afastando e danificando a máquina do Peacemaker, o Ogrenaut Arbalister. Mas como?

A sensação de vitória do Peacemaker também foi afastada. “Mágica? Eles têm um feiticeiro com eles!”

“Não qualquer feiticeiro”, disse um homem que estava atrás do ogro e do Gadgeteer.

“Dirt Devil!” Disse Peacemaker, olhando para o shaman. O homem estava envolto de ossos e presas dos vermes poderosos que sua tribo caçava. Um homem que andava com espíritos, o Peacemaker foi atrás dele por seu conhecimento e poder em ajudar na guerra contra Rockalot.

“Ela é a Wreathcrafter, a feiticeira imortal dos Elfos. Seu poder protege as muralhas e aqueles escondidos dentro dela. Suas proteções mantêm meus espíritos calmos.”

O Gadgeteer chacoalhou a cabeça tristemente, soltando um suspiro melodramático. “Então foi tolice. Nossas flechas vão ricochetear nas paredes.” 

“Isso está longe de terminar”, disse Peacemaker com um sorriso malicioso. “O Dirt Devil nos avisou desta possibilidade. Nós dois saímos numa missão só nossa. Nos deparamos com um covil de dragão, repleto de tesouros e armas.”

“Um tesouro de dragão? Então você encontrou uma arma que pode quebrar as magias da feiticeira?”

“Algo ainda melhor”, disse Dirt Devil. Ele puxou uma bolsa cheia de pó mágico e começou a cantar, chamando o poder dos espíritos. 

“O dragão veio atrás de nós. Ele queria seu tesouro de volta e nós o atraímos a sair de seu covil”, o sorriso do Peacemaker cresceu. 

“E apesar disso, você está aqui neste momento. Você deve ter algo para mostrar depois disso tudo!”

O Peacemaker entrou no tanque e virou uma manivela que revelou, atrás de sua máquina de guerra, os enormes chifres mágicos que foram roubados. Em seguida, puxou uma alavanca para fazer os poderosos foles soprarem uma forte corrente de ar nos bocais dos chifres, e o chão começou a tremer em seu canto. A ponte começou a rachar diante deles. Porém, não era só por causa do som dos chifres. 

Uma enorme sombra cobriu o exército enquanto passava sobre eles. O Killer J. ficou boquiaberto enquanto encarava o dragão voando em direção às muralhas. 

“Temos um dragão pra mostrar pra eles”.

 

Era bom ter amigos grandes.

 

“EM FRENTE!”

 

Leia a parte 2