Undercover Operations: conheça o mistério envolvendo a Maximatics – Lore da 8ª Temporada, Ato 1

  • 28 / 02 / 2020

A fábrica automatizada do complexo da Maximatics nunca dormia, suas máquinas rodando a todas as horas do dia. Eles cresceram rapidamente depois da derrota da Dama do Inverno. Dentre as corporações e nobres de Metal City, eles por si só lucraram durante a Era do Gelo que havia caído. De bunkers aquecidos a construções automatizadas para ajudar em reconstrução, a Maximatics expandiu seus produtos, tornando-se um nome familiar. 

Os Patronos até já haviam aprovado o pedido para construir nos arredores de Metal City. Logo, tornou-se seu próprio bairro. As pessoas que trabalhavam na empresa quase nunca saíam de suas paredes seguras. Não eram muitos em Metal City que sabiam o que acontecia ali dentro. Os caminhões saíam das instalações para entregar produtos ao mercado, e então retornavam. Ninguém recordava ter visto alguém pilotando. 

Quando a Maximatics anunciou que eles estariam patrocinando o próximo torneio de Heavy Metal Machines, entretanto, causou uma grande agitação.

“Não gosto disso, Jada”, disse Stingray. O par observou a fábrica em expansão de uma perspectiva mais próxima. Stingray assistiu as figuras pequenas se movendo através dos binóculos. ” A Maximatics nunca apoiou qualquer piloto do torneio no passado. Por que o interesse repentino?”

“Não tenho certeza. Mas considerando a mensagem que recebemos, parece que não somos os únicos interessados.” Disse Jada.

“Outra coisa que não gosto. Eles emitiram esse sinal em tantas frequências que nem eu consegui rastreá-los! Alguma novidade sobre isso?

“Vejo uma máquina se aproximando da nossa posição.”

Não demorou até que os dois pudessem ouvir o som do motor também. Um caminhão prateado, brilhando com luzes azuis e uma cabeça de dragão na frente rugiu com o máximo de discrição possível. As rodas grandes não passavam por apuros no chão rochoso. Era alguém que o Stingray estava familiarizado, mas não tanto fora da Arena. 

“Icebringer?” 

A porta do caminhão abriu. O sujeito barbudo se inclinou, acenando com um sorriso grande e amigável. “Olá! Eu fiz vocês esperarem? Desculpa, eu me perdi tentando encontrar o panorama rochoso que o Lord Ian estava falando”.

Stingray levantou as sobrancelhas ao ouvir isso. “O Lord Ian te enviou?”

O sorriso do Icebringer sumiu, ao perceber o que ele tinha acabado de falar. “Ah, certo, eu provavelmente não deveria ter dito isso. Não, não deveria ter mencionado isso…” O caminhoneiro saltou para fora da máquina. Ele estava coçando a parte de trás da cabeça, rindo. “A CeeBee realmente tem razão, as vezes eu preciso pensar melhor antes de falar…”

“Beleza”, disse Stingray. Aquilo respondia a pergunta. Parecia que os Patronos não estavam menos interessados no que estava acontecendo com a Maximatics do que ele, embora ele não tivesse imaginado que entrariam em contato com ele, de todas as pessoas. “A mensagem dizia que, caso eu quisesse saber a verdade, para vir para este local. Você tem alguma informação, Gigante de Gelo?”

“Oh, sim!” O sorriso do Icebringer voltou depois de jogar o dispositivo de dados do bolso de sua jaqueta ao Stingray. O hacker pegou no ar. “Você sempre pode contar num caminhoneiro pra levar algo para onde deveria estar”.

Stingray olhou o dispositivo por um momento, checando por sinais óbvios de adulteração. A última coisa que ele precisava era algo que fritaria seus sistemas. Parecia limpo o suficiente. Ele colocou o dispositivo no robô, que projetou os arquivos para todos verem. 

“Esses são os modelos!” Jada disse, ajustando seus óculos enquanto se inclinava para olhar mais de perto. “Parecem ser sistemas de inteligência artificial, assim como algum tipo de especificação de chassi…”

“Mas I.A. para que?” Stingray disse enquanto franzia a testa, analisando os detalhes sobre os modelos. Mesmo sabendo que eram projetos e modelos, muitas coisas estavam manchadas de preto ou marcadas como confidencial. Ele continuou olhando, como se cada modelo que ele passasse tivesse sido uma versão anterior do projeto. 

“Esse parece uma máquina”, disse Icebringer. “Dá uma olhada nessas rodas que estão nele! Mas não sei o que S.E.U.V. significa.”

“Todos esses parecem… familiar” disse Stingray. 

“Espera, para!” Jada chamou de repente. “Olha! Aquele ali. É um humanoide! Como um androide!”

De fato, o design era. FU-20: Azure Flame. O chassi parecia muito com uma mulher. Projetado com sensores térmicos e visuais na cabeça e um maçarico na mão. Longos tubos de dispensadores de líquido de arrefecimento serviam como cabelo improvisado. 

“Flame Unit? Diz que foi projetada para ser usada em ambientes industriais de alta temperatura.”

Icebringer assoviou conforme ele lia. “Não sei muito sobre robôs, mas não gosto disso. Parece que eles estão se tornando tecnológicos até demais”.

“Não tem nada de errado com tecnologia”, disse Stingray, tentando não soar defensivo demais. “Mas você está certo. Nós precisamos olhar isso mais a fundo. Mas acho que vamos precisar de mais um braço.”

“Meus sensores detectam o Rampage na área. Talvez poderíamos pedir pra ele?”

“Eh, não sei não, Jada. O Rampage não opera bem em equipe. E você lembra da última vez? Coloque ele perto de qualquer prédio da Maximatics, e ele vai perder o controle!”

Os três ficaram em silêncio por um momento, pensando em quem poderiam chamar. Icebringer bateu suas mãos, sua cara abrindo em um sorrisão. “Eu conheço os caras certos!”

——

“…Então era isso o que estávamos lidando. Parece que eles estavam tentando construir algumas máquinas automatizadas que se dirigem sozinhas! Icebringer terminou sua história. Stingray e Jada se entreolharam enquanto estava atrás de uma pilha de lixo, com latas de cerveja esmagadas espalhadas, com capas da revista “Magnets and Metal” grudadas na parede. 

“Que disgraça de Maximatics, já estão robando nossos cliente. Num é, Rufus?”

“Mmhmm, Billy”.

“Agora eles acha que pode fazer carros que num precisa de guincho? Isso é metadi dos nossos negócio. 

“Vai corta nossa grana de cerveja, Billy”.

“Isso memo, garotão!” disse Billy Clunker, batendo a sua primeira no balcão. O Clunker menor tentou alcançar uma lata, dando goladas no líquido e soltando a pança. “Beleza, ceis querem derrubar esses animal? Conte com nóis!”

“Tamo preparado.” Disse Rufus, coçando a pança enorme. “E nóis pode ser bem sorratero, também!”!

Stingray deu outro olhar para a Jada antes de avançar. Tería que ser eles, mesmo. “Beleza, vocês dois. Esse é o plano…”

 

——-

“Você acha mesmo, que isso vai funcionar, ‘Manta’?”

Stingray ajeitou as abotoaduras de sua camisa, olhando por cima dos óculos escuros. Sua gravata estava bem arrumada, enfiada no colete. Ele gastou bastante tempo passando o terno na noite anterior. “Claro. Eu já falsifiquei minhas credenciais de executivo da Maximatics. O problema de sistemas automatizados é que, depois que quebram, é só falsificar o código de automatização”.

Ele se inclinou contra sua máquina, afetando sua personalidade descolada e poderosa. Seu carro recebeu uma pintura azul escura que combinava com suas roupas. O software de reconhecimento de imagem não teria uma chance contra o seu novo visual.

Stargazer balançou a cabeça, mas ela não resistiu em abrir um sorriso ao ver a performance. O Hiro sempre foi sempre foi de causar um espetáculo. “Bom, espero que os sistemas de espionagem que instalei funcionem. Eu preciso ficar por perto para coordenar com todos vocês. Vou ficar ouvindo a comunicação deles”.

“Maravilha. Entrei em contato com o “Cryo”. Ele nos encontrará no caminho. Agora só faltam os meus… seguranças… O que foi esse barulho?”

Stingray só podia olhar com horror abjeto enquanto as sirenes uivantes ficavam mais altas quando o caminhão dos Clunkers apareceu para encontrá-los. Os irmãos haviam pintado o ímã de vermelho, destacando-se devido ao contraste do esquema de cores preto e branco, que fazia com que parecessem um pastiche de policiais. A estrela torta e o “Pulissia” só adicionava à sua ‘autenticidade’.

“Q-Quê….”

“Tudu mundo, mão na cabeça! Póde tudo deitar no chão!” disse Billy, segurando o taser em sua mão enquanto inclinava para fora da janela. “Esse é um escorte pulissial! Temo negócios importante de pulissia pa fazer!”

“Mostra pra eles, parcêro”, disse Rufus, seu terno se esforçando para conter sua espessura.

Stingray descansou seu rosto nas palmas da mão, antes de respirar fundo. “Posso trabalhar com isso. Beleza, bora começar. Temos negócios a tratar com a Maximatics”.

Demorou só um pouco para que as três máquinas estivessem saindo de Metal City e em direção ao complexo das instalações da Maximatics. No caminho, os rádios voltaram a vida. “Aqui quem fala é o Cryo!” a voz alegre do Icebringer surgiu. Um caminhão pintado de preto e com a letra X em roxo juntou-se ao comboio. “Caprichei na pintura do carro como você pediu, Manta! Transportando todas as matérias-primas que o Lord Ian conseguiu se desfazer. Deve ser o suficiente para vender a nossa história”

 

ATO 2