É Dawn of Winter em Metal City: como isso tudo aconteceu? – Lore da Temporada 7, Ato 1
O Full Metal Judge nunca quis causar tanto dano ao mundo…
“Sabe, Ray, quando você disse que a trilha esfriou, não pensei que você quis dizer isso de maneira literal”, disse Lenz. A videógrafa ajeitou seu cachecol enquanto suas botas rachavam o gelo embaixo deles. “Ainda bem que você trouxe os seus cobertores espaciais, Stargazer.”
“Eu não quis estragar a surpresa, Lenz, pois talvez você teria dado pra trás”, disse Stingray. Ele olhou através da cadeia de montanhas com seus binóculos, procurando por Full Metal Judge. As transmissões que haviam sido interceptadas deixavam claro que o Secto estava tramando alguma coisa nas montanhas. Eles estavam tentando remover a Windrider para sempre, por entrar no caminho deles muitas vezes.
Felizmente para ela, um espinho no lado do Secto era amigo dos Underdogs.
“Eu o vejo!” Stingray disse. “Marque as coordenadas, Neon!” O pequeno robô apitou enquanto Stingray chamava seu nome. “Envie-as aos outros. Estamos saindo!”
Os Underdogs prenderam-se em suas máquinas e começaram a correr pelas estradas geladas do Norte. Suas rodas derraparam enquanto tentavam se manter agarrados à tração que tinham. Era um longo caminho numa estrada perigosa.
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O Full Metal Judge apertou sua jaqueta em suas roupas cobertas de gelo. Só os Deuses do Metal realmente sabiam quanto tempo ele havia ficado passado no Norte. O gelo havia penetrado em suas veias, e ainda assim o caçador de recompensas sofreu em silêncio. Ele estava aqui por motivos do Secto, afinal. E também um pouco de orgulho pessoal.
O Secto o mandou para o Norte com o Chifre Congelado do Gigante de Gelo, um artefato de grande importância para as tribos de caminhoneiros que coletavam granizo destas montanhas. Os selvagens não conheciam seu verdadeiro poder. As magias heréticas que poderia desencadear. Agora, no entanto, sua heresia serviria ao Secto do Metal.
Foi aqui, nos Nortes Congelados, que Judge terminaria o que começou em outra vida. Foi por isso que ele havia sido escolhido, mas honestamente, ele o teria feito por sua própria vontade.
O Chifre Congelado do Gigante de Gelo se arrastava atrás de sua Máquina, as correntes revestidas de gelo endurecidas e frágeis por causa do frio. Judge estava esperando desde antes do sol nascer para sua presa aparecer, a fantasma que assombrava seus sonhos. Ele puxou o revólver da jaqueta, contando as balas. Uma respiração gelada saiu como uma névoa de sua máscara conforme seus olhos vidrados vigiavam a estrada abaixo.
Uma luz verde se aproximava cada vez mais, ao longo da passagem gelada e ventosa da montanha.
A Windrider rangeu os dentes enquanto seu motor roncava com a fúria de mil fantasmas furiosos que corriam atrás dela como um rebanho de mustangs. Por muito tempo ela cavalgou atrás do Praga Vermelha, mas no fim, ela teria sua vingança. A figura espectral deslizou pelas trilhas de gelo, sem aparentar perder controle enquanto subia a encosta da montanha.
“O Praga Vermelha ficou desleixado”, pensou Windrider. “Ele sempre conseguiu ficar um passo à minha frente, até dentro da Arena, graças à ajuda de seus aliados infernais. Agora, ele está sozinho, longe de sua casa)”. Uma vez que ela conseguisse colocar o açougueiro que massacrou sua tribo de baixo do chão frio e rochoso, seu povo finalmente descansaria em paz.”
Full Metal Judge preparou o Chifre, sua magia selvagem ativada depois de estar inerte todos esses anos. Logo, aquela sombra implacável dele deixaria de existir. Enquanto preparava a armadilha, a tela de vídeo em sua máquina estalou para a vida. O caçador de recompensas podia ouvir o familiar e irritante jingle da Free Metal TV tocando nos alto-falantes.
“Stingray”, Full Metal Judge rosnou. Aquele hacker e sua trupe de rebeldes estavam bloqueando as ondas de rádio. Isso não importou. A armadilha já estava preparada. Não havia nada que os Underdogs pudessem fazer neste momento. O Judge já não precisava entrar em contato com o Secto para fazer o que deve ser feito.
Ele podia ver a caravana das máquinas rebeldes se aproximando, mas tirou sua atenção neles de volta para a luz verde. Estava perto. Ele podia ver a figura pilotando o carro. Windrider.
O Judge arrancou sua máscara, o rosto desfigurado e cheio de cicatrizes sendo exposto aos Deuses do Metal em serviço a eles. Ele pressionou os lábios no Chifre Congelado do Gigante de Gelo e soprou. O som ecoou pela montanha, sacudindo-a enquanto a neve caia. Os espíritos da montanha se agitaram e se ergueram devido ao poder bruto do artefato.
A magia rugiu como um ciclone de gelo e vento, os demônios e espíritos azuis que estavam presos foram libertados, enquanto giravam em torno da Windrider. A fantasma ergueu a mão para se proteger, mas não havia escapatória. Os demônios do Chifre colidiram com sua própria trilha espectral. Eles tentaram despedaçá-la, mas não havia carne para rasgar. Conforme suas garras etéreas passaram pela luz verde, eles levaram um pouco consigo, enquanto a aura da Windrider começou a esfriar.
Quando a tempestade acalmou, Judge virou a cabeça para o que ele esperava ser os restos do veículo daquela que o caçava.
No entanto, o espírito ainda estava lá, mas… diferente. A sua própria essência tornou-se fria e gélida. Ela pairou sobre o chão, seus olhos brilhando branco. A Windrider soltou um uivo arrepiante que ecoou pela montanha abaixo, reverberando para os arredores de Metal City enquanto o céu escurecia.
Gelo começou a cair do céu conforme a luz do sol se extinguia. Os picos gelados das montanhas desciam em forma de avalanches, enterrando tudo em seu caminho.
O Judge fugiu para sua máquina e começou a dirigir. As correntes tilintavam enquanto puxava a carreta que carregava o chifre atrás deles, movendo-se rapidamente montanha a baixo. O estrondo da neve que o seguia deixava claro que não haveria segurança enquanto a avalanche o perseguia.
Ele havia falhado. A Windrider ainda vivia. Mas ela não era a mesma.