Era uma vez, no Reino de Rockalot….
“Na mosca!” Peacemaker gritou com alegria enquanto a flecha do ogro de duas cabeças atingiu o reflexo escuro do dragão.
Conforme os demônios desciam para a batalha, os monstros e cavaleiros haviam se encontrado numa posição incomum de lutar lado a lado. O Morning Paladin se dirigiu para perto da plataforma da arma do ogro, a velocidade e habilidade do cavaleiro mantendo as forças Metalofóbicas afastadas. Até mesmo o Avenging Knight lutou ao lado de Killer J., todo o rancor entre eles deixado de lado enquanto lutavam para segurar as forças de Herald.
“Vai chorar?” O Gadgeteer zombou, ao jogar suas bombas de fogos de artifício nas hordas dos demônios. As bombas explodiram com um grande estrondo enquanto interrompiam as sombras, longo o bastante para o Avenging Knight bani-los com sua lâmina.
“Dirt Devil!” A Wreathcrafter gritou, trazendo sua nave encantada coberta de folhas para baixo das paredes de onde o xamã estava lutando. Dirt Devil colocou de lado seus reagentes mágicos em troca de sua lança conforme o mercenário revestido de crânio de verme havia entrado no meio do combate com os demônios.
“Feiticeira. Nos encontramos novamente”, os olhos de Dirt Devil perfurando-a por debaixo do crânio de ossos. “E pensar que, este seria o dia em que eu te derrubaria. Meh!”
“Agora não é hora! Eu preciso de sua ajuda, xamã. Me empreste a ajuda de seus espíritos para nos livrarmos destes demônios!”
Dirt Devil olhou para o campo de batalha. O fluxo de demônios não terminava, enquanto a tempestade continuava. A cada trovejada, mais servos Metalofóbicos do Herald surgiam. Os exércitos dos vivos estavam ficando sobrecarregados enquanto pilotavam de volta para as muralhas de Rockalot.
A Wreathcrafter estendeu sua mão. Em élfico, ela falou uma palavra de poder. Um livro dourado apareceu, transbordando de luz, flutuando sobre a palma de sua mão. “O Tomo da Vida, com isso eu posso quebrar o feitiço e acabar com a Metallophobia. Mas eu não posso fazer isso sozinha.”
Só levou um momento de hesitação para o Dirt Devil confirmar com a cabeça, estendendo a mão para apertar a do elfo. “Você terá.”
“E a minha também!” Disse o Morning Paladin, sua máquina subindo, pedaços de pano de múmia presos ao lado. Sua armadura dourada perdeu parte do brilho em sua batalha com a múmia, e mesmo assim, o cavaleiro irradiava com uma energia nobre. “Aqueles que tentam interromper aprenderão a velocidade da minha lâmina.”
“Obrigada a ambos”, disse Wreathcrafter. Ela ergueu o livro, sua mágica mantendo-o flutuando enquanto pairava no centro de sua nave. Sua voz carregou através dos campos enquanto ela iniciava seu ritual, olhos fechados.
O Dirt Devil rangeu os dentes conforme começou a cantar em sua própria língua, os espíritos surgindo da terra ao redor deles, enquanto os demônios voltaram o foco para a feiticeira. O trio pairou abaixo do olho da tempestade, onde a risada do Herald ainda podia ser ouvida.
“Eu não esperava estar aqui lutando ao lado do Paladin”, disse Dirt Devil, trazendo sua lança de volta para se proteger do ataque que se aproximava.
“Nem esperava testar o meu aço contra os pesadelos do Lorde das Trevas, mas o destino possui seu próprio caminho, xamã”.
“É o que parece”, disse Dirt Devil, um sorriso furtivo surgindo em seu rosto. O cavaleiro e o mercenário se prepararam, movendo-se em sincronia um ao outro.
Mesmo enquanto seus veículos derrubavam demônio depois de demônio, a maré parecia interminável. Uma flecha atingiu Dirt Devil e ele caiu fora de sua máquina. Enfraquecidos, a horda os cercou. O Paladin foi estava fora da jogada. Este era pra ser o fim. Um espectro com cabeça de abóbora foi em direção ao Dirt Devil, sua lâmina levantada.
“Mirem na abóbora!”
Antes que Dirt Devil pudesse piscar, uma flecha de besta gigante atravessou a cabeça da sombra. A cabeça do espectro rolou no chão, seu corpo desaparecendo na névoa.
“Muito bem feito!” O pequeno ogro disse, olhando a cena através de sua luneta. “Não era o Paladin, mas ainda precisamos tirar a cabeça de um cavaleiro, né?”
“Hahahaha!” O Gadgeteer Killer J., sua risada era como música para os ouvidos de Dirt Devil, conforme o palhaço apontava e gargalhava. “Seu tolo, seu grande tolo! Que bagunça você fez, como é que ele vai conseguir limpar isso?”
Uma luva de metal prateada desceu e puxou Dirt Devil de volta a seus pés. O Avenging Knight pairava na frente dele e a Wreathcrafter, colocando uma defesa que muito lhes faltava.
“Acabou!” Disse Wreathcrafter, abrindo os braços enquanto o livro brilhava com imenso poder, sua luz reluzindo o campo de batalha. As nuvens de tempestade foram postas de lado enquanto o sol brilhava outra vez, as reflexões escuras de seus próprios heróis queimando na névoa enquanto seus raios os atingiram.
O feitiço do Herald havia sido.
O chefe ogro estava montado em sua arbaleta, mãos nas costas conforme ele olhava para a batalha vitoriosa. “A guerra acabou. Nós dois sabemos agora quem realmente estava por trás disso! Monstros e Cavaleiros não precisam lutar uns contra os outros. Ao invés disso, vamos comemorar! Juntos!”
O ogro de duas cabeças acenou com a cabeça, chutando um barril na parte de trás da plataforma de armas. Os outros ogros seguiram o exemplo, rolando barris para o centro do campo de batalha. Peacemaker andou em direção ao local que os cavaleiros e mágicos estavam parados, um olhar sério na cara.
O Peacemaker pegou a sua espada. O Cavaleiro Vingador fez o mesmo, mas o Paladin o deteve, segurando a sua mão. O ogro sorriu, assentindo, e em seguida, perfurou o barril.
A cerveja começou a derramar do barril. Peacemaker pegou uma caneca e a colocou embaixo do fluxo. Os cavaleiros visivelmente relaxados, enquanto o pequeno ogro erguia o seu copo.
“Pela amizade entre Monstros e Cavaleiros! Saúde!”
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“Eles acham que isso é o fim?” Metal Herald caminhava em sua torre. Não muito tempo depois da celebração, os cavaleiros e monstros juntaram forças para cercar a sua torre. Ele já podia ouvir as investidas contra suas paredes, tentando derrubá-las. Ele chegou tão perto.
Mas isso não acabaria assim.
“Recuperarei minha coroa. Este mundo se ajoelhará diante de mim. Eu voltarei com um exército. Eles pensaram que os pesadelos seriam o meu limite?”
Herald entrou na câmara de invocação. Um livro flutuou sobre o pedestal, brilhando com o poder dos Deuses Sombrios. Eles não o abandonariam. Não agora, quando ele mais precisava deles.
“Deixe-os tomar esta torre”, disse ele, pegando o tomo, deixando-o extrair seu poder. “O poder da Metallophobia não esgotou… E existem diversos outros mundos por aí, esperando para serem descobertos…”
Enquanto segurava o livro à sua frente, o portal abriu, com energias roxas e distorcidas, enfraquecendo a fronteira entre os planos. O Herald nem sequer deu uma olhada para trás enquanto atravessava o portal.
Esta não foi a sua despedida.
Um dia, ele retornaria.
Quando os cavaleiros e monstros chegaram à câmara, tudo que sobrou foi o portal roxo.