Entrevista com T-Bone, o capitão do time campeão

O primeiro Campeonato Europeu de Heavy Metal Machines acabou com uma equipe russa como grande campeã. Para chegar lá, eles jogaram bem e treinaram pesado para estarem prontos para qualquer desafio que aparecesse pela frente durante as partidas. Pensando nisso, nós conversamos com o capitão da KVASDOPIL T-Bone para descobrir qual o segredo por trás do sucesso do time. Ele deu vários conselhos úteis e ainda contou para a gente um pouco mais sobre o que é preciso para ser um bom jogador no cenário competitivo. Confira!

 

 

 

HMM: Qual foi a principal estratégia usada pelo seu time para vencer o Campeonato? Focaram em causar dano, um time equilibrado ou evitar ser morto? Por que seu time escolher essa estratégia?

T-Bone: No começo do Campeonato, nós focamos em ser um time que causa dano. Tentando maximizar isso com as melhorias coletivas da Little Monster/Photon e com o dano massivo com Rampage/Killer J. Os adversários foram “forçados” a atacar a gente, já que a Little Monster sempre garantia que tínhamos a bomba primeiro, e nós estávamos totalmente preparados para dar a eles uma calorosa recepção e mandá-los de volta ao começo! Entretanto, depois das qualificatórias, nós trocamos para outra estratégia, na qual a sobrevivência era a nossa prioridade máxima. Isso acabou sendo bem efetivo. Quanto mais tempo nós éramos capazes de continuar na luta, mais dano poderíamos distribuir. Isso nos ajudou bastante para ter uma vantagem sobre os inimigos.

HMM: Agora nós temos duas arenas bem diferentes, mas o Campeonato foi todo disputado na Metal God Arena. Qual fator do campo de batalha é o mais importante para um jogador competitivo manter em mente?

T-Bone: Eu acho que a melhor coisa é ter entender de onde os inimigos podem vir e para onde eles podem fugir. Isso pode ser bastante importante em casos em que você esteja perseguindo alguém para eliminá-lo. Além disso, quando você está avançando pelo território inimigo, é bom saber quais os lugares mais perigosos no seu caminho para estar preparado.

HMM: Em sua opinião, a comunicação por voz é um elemento decisivo para vencer em Heavy Metal Machines?

T-Bone: Eu não diria decisivo, mas certamente ajuda bastante para coordenação em momentos delicados. Além do mais, ajuda muito para animar seus colegas de equipe nos piores momentos. Eu acho que o clima dentro do time é importante, especialmente no HMM.

HMM: Qual é o ponto principal para focar em uma preparação de Campeonato: jogar muito bem com um único piloto ou aumentar a gama de personagens que você é capaz de jogar com um desempenho mediano?

T-Bone: Eu escolheria um meio do caminho ideal: ter certeza de que você consegue jogar bem com diversos pilotos. Enquanto pode ser bom tornar-se um especialista com um piloto em particular, o conhecimento das capacidades dos outros personagens ajuda bastante para “ler” a partida depois.

HMM: Nós usamos a nova bomba neste Campeonato. Com menos de um mês para testar ela, como você viu o uso dela por parte dos jogadores? Existiram mais ou menos passes que o esperado? Ela foi usada bem para causar dano?

T-Bone: Eu acho que os jogadores preferiram pegá-la e segurá-la o máximo possível e só passá-la em curtíssimas distâncias (tivemos um caso de adversários fazendo isso dentro do seu próprio derrubador só para ter certeza que ninguém do nosso time iria pegar, hilário). Claro, poderiam ter tido mais passes, mas é muito arriscado, ainda mais quando se está jogando um Campeonato. Entretanto, usar isso sabiamente pode ajudar na defesa (pelo menos na Metal God Arena, porque os derrubadores próximos da última curva dão uma zona de segurança para passar e pegar a bomba de volta) e mudar o rumo da partida. Pela minha experiência, se eu estiver carregando a bomba e enxergar alguém perto de mim com metade da vida, eu iria tentar o meu melhor para matá-lo mesmo em posse da bomba.

HMM: O quão importante é o draft para o resultado da partida? Você acha que um time que faz uma “escolha errada” pode compensar com as habilidades dentro do jogo ou a configuração das equipes é decisiva?

T-Bone: O draft tem um impacto gigantesco no resultado da partida, em minha opinião. Eu acho que, se um time faz uma “escolha errada”, ele consegue reverter e fazer um milagre no começo, mas se a partida durar muito, o time com a melhor composição irá ganhar. Embora eu não esteja totalmente certo do quão ruim pode ser a escolha de um time.

Falando agora sobre o nosso time, nós sabíamos que nós iríamos escolher em ambos os jeitos – escolhendo primeiro ou depois. Por isso, nós tentamos ter certeza do que fazer em qualquer uma das situação e transformar essa “escolha ruim” em algo bom.

HMM: O que é mais importante na hora de escolher: garantir que o seu melhor jogador tenha o personagem favorito dele ou evitar que o do inimigo tenha o dele?

T-Bone: Eu escolheria a primeira opção. Bloquear as escolhas dos inimigos é algo bom, mas isso precisa atender duas condições:

  1. Você tem que ter certeza que o inimigo não tem nenhum piloto substituto bom para esse jogador (de outra forma, fazer esse bloqueio seria uma perda de tempo).
  2. Você tem que ter alguém no seu time capaz de tirar o máximo de proveito do piloto escolhido (caso contrário, é melhor manter o piloto favorito dessa pessoa e deixar o adversário ter o que ele deseja).

Enquanto isso, escolher o piloto favorito para seus colegas de time faz com que eles se sintam mais confiantes no campo de batalha e não existe nenhum lado negativo, pelo o que eu posso perceber.

Falando sobre o Campeonato, nós fizemos essas perguntas a nós mesmos também e tivemos a ideia de que cada um de nós irá tentar se especializar em 2-3 personagens que mais gostamos. Eu acho que o mais difícil será achar alguém que consegue ser eficiente jogando de suporte. Isso requer muita paciência para tentar e se manter fora da luta, apenas ajudando seus colegas de time quando precisarem. Eu sempre iria direto para o combate e morreria em 3 segundos, deixando meu time sem suporte. Por isso, espalhar as funções é a chave, em minha opinião.

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